O espetáculo .m.a.n.i.f.e.s.t.a., da Companhia de Dança do Palácio das Artes, sofreu uma severa tentativa de censura. A gente se mobilizou, pressionamos o Secretário de Cultura de MG e o espetáculo voltou a se apresentar!
O espetáculo .m.a.n.i.f.e.s.t.a., da Cia de Dança do Palácio das Artes, foi aplaudido de pé em sua estreia, com o Grande Teatro do Palácio das Artes lotado. Lindo, né? Mas na sequência as reapresentações do espetáculo foram canceladas e sua equipe foi desarticulada. Tudo tinha cara, jeito e cheiro de censura. Integrantes não se conformaram com a tentativa de silenciamento às artes e à cultura, e juntas lançamos o #ManifestaSemCensura.
Informamos a população sobre o que estava acontecendo nos bastidores do imponente Palácio das Artes. Pressionamos o Secretário de Cultura de Minas Gerais a colocar de novo o espetáculo em cartaz e fazer valer toda a pesquisa artística, o trabalho de décadas do grupo e os investimentos públicos realizados.
O Secretário mentiu, foi pego na mentira, mentiu de novo. Nós seguimos fiscalizando e fazendo as denúncias necessárias, e a Secretaria de Cultura de MG, foi meio da Fundação Clóvis Salgado, foi cedendo à pressão: refizeram contratos, disponibilizaram o espetáculo na internet e, o mais importante: .m.a.n.i.f.e.s.t.a. se apresentou novamente! O espetáculo voltou aos palcos em Poços de Caldas/MG em julho de 2023, motivo de celebração pra campanha #ManifestaSemCensura. A arte se completa no encontro com o público!
Em Minas Gerais, infelizmente, são diversas as denúncias de censura, de desmonte e de precarização do Estado com os equipamentos públicos de cultura. Mas nós estamos aqui para não deixar passar. Seguiremos monitorando tudo de perto e qualquer nova oportunidade de ação, iremos te avisar. Pra ficar por dentro de tudo em primeira mão, chama a gente no WhatsApp clicando no botão abaixo!
Após meses de pressão, o espetáculo .m.a.n.i.f.e.s.t.a. voltou aos palcos, se apresentando na abertura do Festival de Inverno de Poços de Caldas, no teatro Benigno Gaiga, no dia 9 de julho de 2023.
Audiência pública na Comissão de Cultura da ALMG
O espetáculo .m.a.n.i.f.e.s.t.a. foi tema de audiência pública, ouvindo a sociedade civil formalmente e recebendo denúncias, que foram encaminhadas pelas deputadas da Comissão.
Disponibilização do espetáculo na internet
Como resposta à nossa mobilização, a gravação integral do .m.a.n.i.f.e.s.t.a. foi disponibilizada na internet, por meio da plataforma da EMC Play.
O Secretário de Cultura de MG sentiu nossa pressão e por vezes publicou mentiras, como a de que teria assistido o espetáculo em sua estreia. Nós ficamos de olho e denunciamos!
O Coletivo Alvorada, junto a integrantes da Cia de Dança do Palácio das Artes e da campanha #ManifestaSemCensura, realizou uma manifestação presencial com intervenção artística e performance, em frente ao Palácio das Artes, no centro de BH.
A Cia. da Dança do Palácio das Artes (CDPA) é reconhecida nacionalmente como espaço de excelência no âmbito da dança. Apostando em processos co-criativos e transdisciplinares, desenvolve pesquisas e práticas artísticas que valorizam a diversidade de sujeitos e tradições culturais.
A CDPA funciona, desde sua fundação em 1971, como centralizadora e propagadora de um conjunto de procedimentos estéticos, técnicos e reflexivo.
Pra que ela existe?
A CDPA é integrante da Fundação Clóvis Salgado (FCS), que se vincula à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (SECULT) e segundo o seu regimento interno tem por objetivo proporcionar espetáculos de dança de alta qualidade, divulgar e informar sobre a prática da dança, incentivar a consciência cultural, crítica e artística da população, potencializar processos de educação cultural em dança, estimular e contribuir com a pesquisa, reflexão e criação na área de dança, dentre outros pontos.
O que é o espetáculo .m.a.n.i.f.e.s.t.a.?
O “.m.a.n.i.f.e.s.t.a.” levou ao público uma diversidade de estéticas e linguagens a partir dos manifestos Pau Brasil e Antropófago, de Oswald de Andrade, para refletir sobre a contemporaneidade, entrelaçando o legado do movimento modernista, a multiplicidade do presente e as possibilidades abertas nas junções e separações que permeiam os 100 anos de um dos marcos das artes brasileiras: a Semana de Arte Moderna de 1922.
Por que pedimos a volta do espetáculo?
Pro diretor artístico Cristiano Reis, o espetáculo .M.a.n.i.f.e.s.t.a. "alude a uma construção coletiva e colaborativa, que explora a diversidade, a pluralidade e a interdisciplinaridade, criando pontes com outras áreas – como a performance, o vídeo e o teatro – e em permanente diálogo com temáticas atuais e pautas de interesse social."
FICHA TÉCNICA – .m.a.n.i.f.e.s.t.a.
Concepção e direção: Kenia Dias e Marise Dinis
Criação: Anahí Poty, Ariane de Freitas, Bárbara Maia, Cláudia Lobo, Christiano Castro, Cristhyan Pimentel, Eliatrice Gischewski, Gutielle Ribeiro, Isadora Brandão, Ivan Sodré, Ludmilla Ferrara, Maíra Campos, Mariângela Caramati, Maxmiler Junio, Pablo Garcia, Paulo Weslley, Renato Augusto
Assistentes de direção: Beatriz Kuguimiya e Sônia Pedroso
Assistente de ensaio: Rodrigo Giès
Figurino: Camila Morena
Trilha sonora: Patrícia Bizzotto
Iluminação: Leonardo Pavanello
Interlocução/espaço cênico: Marcelo Play
Prática vocal: Ana Hadad
Assistente de figurino: Caroline Manso e Lair Assis